Em nome da Justiça.




Enquanto a violência acabar com o povão da baixada
E quem sabe tudo disser que não sabe de nada
Enquanto os salários morrerem de velho nas filas
E os homens banirem as leis ao invés de cumpri-las
Enquanto a doença tomar o lugar da saúde
E quem prometeu ser do povo mudar de atitude
Enquanto os bilhetes correrem debaixo da mesa
E a honra dos nobres ceder seu lugar à esperteza.

Não tem jeito não.

Só com muito amor a gente muda esse país
Só o amor de Deus pra nossa gente ser feliz
Nós os filhos Seus temos que unir as nossas mãos
Em nome da justiça, por obras de justiça
Quem conhece a Deus não pode ouvir e se calar
Tem que ser profeta e sua bandeira levantar
Transformar o mundo é uma questão de compromisso
É muito mais e tudo isso.

Enquanto o domingo ainda for nosso dia sagrado
E em Nome de Deus se deixar os feridos de lado
Enquanto o pecado ainda for simpliesmente um pecado
Vivido, sentido, embutido, espremido e pensado
Enquanto se canta e se dança de olhos fechados
Tem gente morrendo de fome por todos os lados
O Deus que se canta nem sempre é o Deus que se vive,
não
Pois Deus se revela, se envolve, resolve e revive
Não tem jeito não, não tem jeito não.

Novos Horizontes.




Após alguns dias, de regresso das terras européias aonde no verão as 22:00hrs ainda é sol tento em palavras descrever o muito do que vivenciei lá!

VIAGEM — Desde o dia 15 de Abril que fui em uma incursão à Alemanha para conhecer mais sobre a cultura, o comportamento e locais freqüentados pelos jovens de lá. Foi um tempo muito bom, e por ser bom, passou rápido. Oportunidades foram várias de se conhecer o procurado; boates, bares, casas noturnas, locais de aglomeração aonde encontravam em massa os jovens.

INTERAGINDO — Minhas atividades foram muito limitadas, pelo fato de não falar a língua local como também o não ter pessoas com a mesma visão de trabalho que a minha. Só no período de Maio que tive a oportunidade de está com um amigo e companheiro de ministério, o André, aonde podemos orar e conversar a respeito do nosso trabalho. Também tive o privilegio de está interagindo com 3 amigos de luta, de JOCUM Brasil, o Pedro do Borel que passando por lá, ministrou na Igreja Brasileira, o Roger Wendel mais conhecido como Gito e o Thiago, meu xará que lideram o trabalho de JOCUM na capital federal Brasileira passando pela Alemanha rumo a China.

PÓS-ALEMANHA — A viagem valeu cada cada momento vivido. Agora a proposta é trabalhar baseado no que eu vi, ouvi e vivencie lá! Creio que temos espaço de sobra para promover o Reino de Deus dentro da Alemanha através da música, é isso que o Senhor tem colocado em meu coração.
Sei que nada nessa vida é fácil, tudo tem seu preço, e por ter plena convicção disso, continuo lutando para sobreviver e trabalhar naquilo em que o Senhor me chamou e no que acredito.

Nos encontramos por aí, por aqui, pelo mundo, interagindo com todos os povos da terra!

Em Cristo.

Voltando a terrinha verde e amarela..




Após 85 dias em terras Europeias em uma "incurção" de aprender, conhecer mais sobre a cultura Alemã, retorno a terra do povo de misturas e culturas diferentes!

Realmente, lá é diferente de cá, e cá é diferente de lá. Más apesar de todas as nossas diferenças e indiferenças, a necessidade é a mesma, a falta de amor, a falta de conhecimento dos ensinamentos de Cristo.

valeu apena esses dias, ganhei muito, novos amigos, novos conhecimentos, novas revelações e expressões do amor de Deus através de uma outra cultura!

Agora é trabalhar daqui pra frente!

Em Cristo

Uma esmola…Em nome de Jesus!


O envolvimento da igreja brasileira com o sustento missionário, não só é novo como é precário. O comportamento, de parte dela, é mero descaso para com o próximo, é pura ausência de consciência cidadã, que é o reconhecimento, ao outro, do divino direito à existência.

A dificuldade que o missionário enfrenta, pois, lhe é imposta, para obter o apoio financeiro que precisa para fazer o trabalho, que é de todos, é o começo. Ele é o pedinte e, às vezes, é visto como um reles vagabundo que, não tendo logrado êxito em nada, opta pela ocupação que aceita qualquer um, uma vez que é um trabalho que poucos querem fazer; é como os migrantes desgraçados que, no primeiro mundo, são explorados à exaustão para fazer o sujo trabalho que os nacionais, devido ao seu “status”, não querem mais. Aí, depois de muita oração e petição, logra levantar uma parte de seu sustento que, ao menos, lhe permitirá, ainda que com muito sacrifício, levar a cabo o seu chamado. E lá vai o missionário…

Missionário no campo, e a igreja vivendo a sua vida, as vezes, de problema em problema, de variação em variação: de humor, de espiritualidade, de líder, de teologia… O missionário foi, ficaram os bem sucedidos: os que têm profissão, carreira, segurança previdenciária, os que se esqueceram que não há vitória que não seja presente da graça, que não há segurança senão no amor de Deus, que qualquer estabilidade é fruto daquele que não conhece sequer sombra de variação.

E o missionário no campo, que pode ser longe ou perto, à deriva da boa vontade da comunidade, apostando na fidelidade desta. E, no caso da igreja brasileira, é mesmo uma aposta.

Aposta mais incerta do que parece; igrejas há que mudam sua eclesiologia, e simplesmente chamam o missionário de volta porque a visão mudou e não importa mais o que Deus disse ou esteja realizando no campo, o que conta é essa visão nova, que está mais para “visagem” do que para revelação. Outras há que, por qualquer motivo mudam a ênfase missionária e, então, como se fosse apenas a mudança de opções de investimento, mandam avisar ao velho missionário, que não se encaixa nessa nova onda, que não receberá mais nada desta. E ninguém pergunta ao missionário sobre o transtorno que se abaterá sobre a sua vida a partir dessa mudança de foco. O missionário não conta, sua família muito menos, seu ministério, que se entendia como fruto da vontade de Deus, então, ninguém nem mais lembra. O missionário é, apenas, o pedinte de sempre, vivendo de esmola em esmola, em nome de Jesus.

FAZENDO BARULHO




COMO POSSO COLABORAR?

NECESSIDADES DIÁRIAS DAS CRIANÇAS RESGATADAS
Contribua com a alimentação, educação, saúde, moradia e transporte das crianças resgatadas e suas famílias.

VILA INDÍGENA
Contribua com a construção da Vila Indígena perto de Brasília ondes os indígenas em situações de risco poderão se hospedar (inclui moradia, escola, centro cultural, clínica, etc)

CAMPANHA CONTRA O INFANTICIDIO
Invista na campanha dedicada a conscientização quanto a questão do infanticídio.

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A luta continua




Quebrando o Silêncio

Tem assuntos que ninguém gosta de falar. Quando uma mulher indígena do grupo arawá sai para dar à luz, por exemplo, ninguém vai junto. Esse é um momento só dela. Ela sai sozinha, mesmo que seja muito jovem e aquele seja seu primeiro bebê. Ela procura uma árvore ou arbusto onde possa se apoiar, se agacha, e ali enfrenta suas dores. É ali, na hora do parto, que essa jovem mãe tem a grande responsabilidade de decidir o futuro da criança. Ela só poderá ficar com o bebê se ele for perfeito.

Se por alguma razão ela volta para a casa sem o bebê nos braços, o silêncio é geral. Ninguém pergunta o que houve. Nem o pai da criança, nem os avós, nem a amiga mais próxima. A jovem se afunda em sua rede, muitas vezes sem coragem ou forças nem para chorar. O assunto morre ali mesmo. Ninguém pergunta por que ela voltou sem o bebê. A mãe terá que carregar sozinha, em silêncio, pelo resto da vida, a lembrança dessa maldição, dessa má sorte, dessa infelicidade.

Às vezes ouve-se ao longe o choro abafado da criança, abandonada para morrer na mata. O choro só cessa quando a criança desfalece, ou quando é devorada por algum animal. Ou quando algum parente, irritado com a insistência daquele choro, resolve silenciá-lo com uma flecha ou um porrete.

Depois disso o silêncio é absoluto.

O infanticídio é um tabu. Da mesma maneira que o assunto é evitado nas sociedades indígenas, é evitado também na nossa sociedade. Ninguém fala, ninguém enfrenta, ninguém toma posição.

A posição mais cômoda continua sendo a da omissão - omissão muitas vezes maquiada de respeito às diferenças culturais.

Estamos vivendo um momento de mudança de atitudes. Algumas mulheres indígenas resolveram abrir a boca sobre esse assunto, tão polêmico e ao mesmo tempo tão doloroso para elas. A partir da iniciativa dessas mulheres, o tabu começou a ser quebrado e a mídia nacional vem veiculando diversas matérias sobre o assunto (Revistas Consulex – outubro 2005, Problemas Brasileiros, do SESC/SP de maio-junho 2007; Cláudia, julho de 2007; Veja, agosto 2007, dentre outras).

Nossa sociedade precisa parar de falar por um momento e ouvir essas vozes.

Os números são alarmantes.

Quebrando o Silêncio aborda o infanticídio a partir do depoimento dos próprios indígenas. Reúne relatos de parentes de vítimas, de agressores e de sobreviventes.

EU TENHO VOZ

Quebrando o Silêncio, Nós temos VOZ!!


O que é a Lei Muwaji?

O PL 1057, projeto de lei apresentado pelo Deputado Henrique Afonso (PT-AM) em 2007, foi batizado de Lei Muwaji em homenagem a essa mulher indígena de coragem. Muwaji Suruwaha deveria ter sacrificado sua filha Iganani, que nasceu com paralisia cerebral. Essa era a tradição do seu povo. Mas ela se posicionou contra esse costume, enfrentou não só a sua sociedade, mas toda a burocracia da sociedade nacional, para garantir a vida e o tratamento médico de sua filha.

A Lei Muwaji, se for aprovada, vai garantir que os direitos das crianças indígenas sejam protegidos com prioridade absoluta, como preconiza a Constituição Brasileira, o ECA e todos os acordos internacionais de Direitos Humanos, dos quais o Brasil é signatário. Mas o projeto tem enfrentado desinteresse e até oposição de parlamentares.

Sem Retratos.......

"Faz ouvir a tua VOZ para defender os que nao podem falar e os desventurados,

Faz ouvir a tua VOZ em seu favor e faz justica aos pobres e miseráveis"


Provérbios, cap 31 vers 8-9.